Biografias de Médicos e Juristas

Aloysio de CASTRO
Professor ordinário de patologia médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Publicou em 1914 Um Tratado de semiótica nervosa: semiótica das formas exteriores e das desordens motoras. Há nessa obra, importantes considerações sobre convulsões decorrentes de crises epiléticas, convulsões simuladas e algumas ilustrações de pacientes em crise.
Antônio D’Albuquerque L. aNDRADE
 
Natural do Estado de Pernambuco. Ex-membro da comissão sanitária de São Francisco. Apresentou a tese Ligeiras reflexões sobre os principais métodos de tratamento da epilepsia à Faculdade de Medicina da Bahia em 1906  a fim de obter grau de Doutor em Medicina.
Antônio Fernandes NOGUEIRA Bacharel em letras pelo Colégio D. Pedro II. Apresentou sua tese de doutoramento em medicina sob o título Condições patogênicas e modalidades clínicas da histeria à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 30 de agosto de 1886.

Antônio Ferreira de ALMEIDA Jr.

Antonio Ferreira de Almeida Júnior, um dos signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, nasceu em Joanópolis, SP, em 8 de junho de 1892 e faleceu em São Paulo, SP, em 4 de abril de 1971. Em 1910, iniciou suas atividades no magistério, como professor primário da Escola Isolada da Ponta da Praia. Ainda nesse ano passou a lecionar na Escola Modelo Isolada de São Paulo. Entre 1911 e 1914, foi professor de Francês na Escola Normal de Pirassununga. Entre 1915 e 1919 lecionou no Instituto Disciplinar da Capital. Em 1919, foi auxiliar de direção da Escola Normal da Capital. Entre 1919 e 1920 foi auxiliar do Diretor-Geral do Ensino da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Em 1921 formou-se médico, pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo. Entre 1920 e 1930, lecionou Biologia e Higiene na Escola Normal do Brás (depois, Instituto de Educação Padre Anchieta). Em 1928 foi nomeado por concurso de professor Livre-Docente de Medicina Legal da Faculdade de Direito de São Paulo. Em 1933 passou a exercer o cargo de Chefe do Serviço Médico Escolar do Estado de São Paulo tendo colaborado na elaboração do Código de Educação do Estado de São Paulo. Entre 1936 e 1938, foi Diretor de Ensino da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Passou a ser Professor Catedrático de Medicina Legal da Faculdade de Direito da USP em 1941. Entre 1945 e 1946, foi Secretário da Educação e Saúde Pública do Estado de São Paulo. Posteriormente foi nomeado para o Conselho Nacional de Educação. Em 1962, foi nomeado para o Conselho Federal de Educação. Lança em 1964 o livro Lições de Medicina Legal. Que alcançou grande êxito no meio jurídico e chegando a sua 20ª edição.
Antonio José da COSTA Apresentou a tese Epilepsia à Faculdade de Medicina da Bahia em 1881 para a obtenção do grau de Doutor em Medicina.
Antônio Moniz Sodré de ARAGÃO
Nascido em Salvador em 1881, foi professor de Direito Penal na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro e na mesma cadeira no doutorado da Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Dirigiu e escreveu para diversos jornais da época, como o “Correio da Manhã”. Publica o livro As três escolas penais: clássica, antropológica e crítica (estudo comparativo). 7.ed. Livraria Freitas Bastos em  1938. Onde busca  explicar como se fundamentam as três escolas penais: clássica, antropológica e crítica.
Antônio Romualdo MANSO Natural de Minas Gerais, Filho legitimo do Tenente-Coronel Jose Maria Manso da Costa Reis e de D. Francisca de Assis Monteiro Galvão de S. Martinho. Apresentou a tese Do diagnóstico e tratamento das diversas manifestações do histerismo e da epilepsia Proposições sobre todas as ciências médicas da dita Faculdade à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em dezembro de 1874.  Sua tese foi aprovada com distinção.
Aurélio Domingues de SOUZA Apresentou a tese Profilaxia das Moléstias Mentais e Assistência aos alienados no Brasil à Faculdade de Medicina da Bahia em 1907.
Azevedo SODRÉ Publicou artigo na Gazeta Médica da Bahia sobre A pilocarpina no tratamento da epilepsia em 1890.
Candido Emilio AVELLAR JÚNIOR Natural do Rio de Janeiro. Filho de Candido Emilio de Avellar e de D. Maria da Piedade Avellar, apresenta em 1866 a tese "Epilepsia e seu tratamento", na presença do Imperador, para a obtenção do grau de Doutor em Medicina. Da banca da tese fez parte Pinheiro Guimarães.
Carlos Fernandes EIRAS Natural do Rio de Janeiro. Filho legitimo do Dr. Manoel Joaquim Fernandes Eiras e D. Francisca Fragoso Fernandes Eiras. Apresentou a tese Hidroterapia nas moléstias mentais à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1877. Segundo consta em sua, foi aprovado com distinção.
Cesare LOMBROSO

Professor universitário e criminologista italiano, nascido a 6 de novembro de 1835, em Verona. Estudou na Universidade de Pádua, Viena e Paris, posteriormente (1862-1876) professor de psiquiatria na Universidade de Pavia de medicina forense e higiene (1876), psiquiatria (1896) e antropologia criminal (1906) na Universidade de Turim. Foi também diretor de um asilo mental em Pesaro, Itália. A principal idéia de Lombroso foi parcialmente inspirada pelos estudos genéticos e evolutivos no final do século IX, e propõe que certos criminosos têm evidências físicas de um "atavismo" (reaparição de características que foram apresentadas somente em ascendentes distantes) de tipo hereditário, remanescente de estágios mais primitivos da evolução humana. Estas anomalias, denominadas de estigmas por Lombroso, poderiam ser expressas em termos de formas anormais ou dimensões do crânio e mandíbula, assimetrias na face, etc, mas também de outras partes do corpo. Posteriormente, estas associações foram consideradas altamente inconsistentes ou completamente inexistentes, e as teorias baseadas na causa ambiental da criminalidade se tornaram dominantes.  Lombroso foi muito influente na Europa (e também no Brasil) entre criminologistas e juristas. Entre seus livros estão: L'Uomo Delinquente (1876; "O Homem Criminoso" - onde dedica um capítulo à discussão sobre criminalidade inata no epilético)  e Le Crime, Causes et Remèdes (1899; O Crime, Suas Causas e Soluções). Lombroso morreu em 19 de outubro de 1909, em Turim, Itália.
Claude BERNARD

(1813-1838) Médico francês, considerado  o pai da moderna fisiologia experimental, trabalhou com o famoso fisiologista François Magendie.

Contribuiu, com os seus estudos, para a compreensão do mecanismo da glicogênese do fígado e para a descoberta do fenômeno da vasodilatação e vasoconstrição. Deu , também, contribuições importantes para as neurociências , tais como o estudo dos nervos sensoriais, da corda timpânica e do líquido cefalorraquidiano.

Foi eleito, em 1854,membro da Academia Francesa de Ciências, de quem recebeu o Grand Prix de Physiologie, em honra ás suas descobertas. Tornou-se catedrático de Fisiologia Geral da Faculdade de Ciências da Sorbonne, e  professor titular de Medicina do Collège de France.

Publicou, em 1865, o livro Introdução ao Estudo da Medicina Experimental.

Clóvis BEVILÁQUA

Clóvis Beviláqua, jurista, magistrado, jornalista, professor e historiador. Nasceu em Viçosa, CE, em 4 de outubro de 1859, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de julho de 1944. Filho de José Beviláqua, que foi deputado provincial, e de Martiniana Aires Beviláqua. Iniciou os estudos na cidade Natal, ingressando, em 1872, no Ateneu Cearense. Transfere-se para o colégio oficial de Fortaleza em 1875 e no ano seguinte, com 17 anos, embarcou para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu nos estudos freqüentando o Externato Gaspar e o antigo Mosteiro de São Bento. Em 1878 embarca para o Recife onde dá início a seus estudos jurídicos na Faculdade daquela região. Com Martins Júnior começa a publicar o folheto Vigílias Literárias e, a seguir, o jornal A Idéia Nova. Ambos trabalharam no jornal República nos folhetos Escalpelo Estenógrafo e O crime de Vitória. Conclui o curso em 1882.

 Fundador da Cadeira nº 14 da Academia Brasileira de Letras, que tem como patrono Franklin Távora. Iniciou a carreira de magistrado, em 1883, ao ser nomeado promotor público de Alcântara, no Maranhão. No jornalismo fez campanha pela República. Em 1884, já casado com D. Amélia de Freitas, presta concurso para professor de Filosofia da Faculdade de Direito do Recife. Aprovado passa a ser professor de Filosofia do Curso Anexo da Faculdade, cargo do qual se afastou em 1891, quando se candidatou e foi eleito Deputado Estadual no Ceará. Contribuiu para a elaboração da Constituição de 1892. Em 1899, Clóvis é nomeado para elaborar o anteprojeto do Código Civil Brasileiro. Veio para o Rio de Janeiro em março de 1900 e somente depois de dezesseis anos de discussões, em 1º de janeiro de 1916, o seu anteprojeto era transformado no Código Civil brasileiro.
Deolindo Octaviano da F. GALVÃO Aprovado nos concursos de Adjunto de Clinica Médica em 1889 e de Lente substituto da 9ª seção em 1895. Dr. Galvão foi Assistente de clínica propedêutica e sócio fundador da Sociedade de Medicina e Cirurgia da Bahia. Apresentou, em 16 de abril de 1896, a tese Responsabilidade criminal nos epiléticos impulsivos à Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia para concurso ao lugar de Lente substituto da 12ª seção.  Também são concorrentes ao posto os Drs. Juliano Moreira e Josino Cotias.
Eduardo Christiano Cupertino DURÃO Natural do Rio de Janeiro. Apresentou a tese Epilepsia  à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 31 de Agosto de 1887 para a obtenção do grau de Doutor em Medicina.
Eduardo Olympio TEIXEIRA Natural do Rio de Janeiro. Apresentou a tese Epilepsia, para obter o grau de Doutor em Medicina, à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no ano de 1873.
Enrico FERRI

(1856-1929) Jurista italiano, é considerado um importante representante, no Direito Penal, da escola positivista e o criador da sociologia criminal.  Seguidor de Cesare Lombroso, ajudou na disseminação das idéias da Escola Antropológica, idealizada por este  médico italiano.

Advogado criminalista, foi eleito deputado sucessivas vezes. Dirigiu o jornal socialista Avanti (1900-1905) e publicou vários livros , dentre eles: Sociologia Criminal (1884) Socialismo e Ciência Positiva (1894) Sociologia Criminal (1905).

 

Ernesto de Azevedo ALVES Apresentou a tese Hemorragia cerebral à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 17 de setembro de 1889 a fim de obter o grau de Doutor em Medicina.
Estevão Ribeiro REZENDE Natural da cidade de campanha - província de Minas, filho legítimo de Francisco Marcos Ribeiro de Rezende e de D. Francisca Guilhermina de Midõens Rezende. Doutor em medicina, foi presidente da Sociedade beneficência da Academia. Sua tese Epilepsia foi apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 18 de setembro de 1872, e sustentada perante ela em 19 de setembro do mesmo ano.

Flamínio FÁVERO

 

1895-1982. Catedrático de Medicina Legal na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, membro do Conselho Médico-Legal do Estado, sócio correspondente da Academia Nacional de Medicina. Publicou em 1942 o livro Medicina Legal. Onde faz uma exposição dos conhecimentos sobre Medicina legal adquiridos  por ele ao longo de sua carreira.

 

Francisco PINHEIRO GUIMARÃES (1809 – 1877) Segundo cirurgião da Armada Nacional. Autor de uma tese intitulada “Algumas palavras sobre a epilepsia” apresentada ao concurso de opositor da Seção de Ciências Médicas da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1859). Foi um dos redatores, juntamente com Matheus de Andrade, Sousa Costa e Torres Homem, do periódico “Gazeta Médica do Rio de Janeiro, que publicou apenas um número em 01/01/1864. Também poeta, jornalista e dramaturgo. Autor de A moça rica, Punição e O Comendador.
Franz Joseph GALL

 

(1750-1828) Médico alemão, formado em Viena, tornou-se renomado neuroanatomista e fisiologista.

 Foi pioneiro no estudo da localização das funções mentais no cérebro.  Desenvolveu a cranioscopia (cranium=crânio, scopos=visão) posteriormente renomada de frenologia (phrenos=mente, logos=estudo), por seus seguidores. Reinvidicava ser capaz de determinar o caráter, e características da personalidade das pessoas pelo estudo da forma externa do crânio.

 Seus conceitos foram duramente criticados pela Igreja e pelos representantes da ciência oficial da época, mas a frenologia acabou tendo uma certa aceitação na Inglaterra, e principalmente nos Estados Unidos, no período de 1820 à 1850.

Foi responsável pela descoberta da existência de corpos celulares  (componentes de neurônios) na  matéria cenzenta do cérebro  e da presença de  fibras (axônios) na matéria branca do cérebro.

Expôs as suas idéias no livro: A  Anatomia e Fisiologia do Sistema Nervoso em Geral e do Cérebro em Particular.

Hilário GOUVÊA Natural de Minas Gerais, filho legítimo de Lucas soares de Gouvêa e de Dona Ignácia Carolina de Gouvêa Horta. Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, foi membro titular do Instituto Farmacêutico, membro honorário do Ateneo Médico e ex-interno de Clínica cirúrgica e Medicina da Côrte. Sua tese data de 1866 e se chama Do Glaucoma. Há indícios de que Dr. Hilário de Gouvêa tenha sido médico do ilustre literato Machado de Assis.
João FAGUNDES Natural do Estado do Rio Grande do Sul, filho legítimo de Marcolino Fagundes e de D. Ignez Fagundes. Apresentou sua tese de doutoramento Contribuição ao estudo da Klinotherapia nos alienados, em 31 de outubro de 1903, à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
João Fontes TILLEMONT Rodrigues um Relatório sobre assistência aos alienados na Bahia - publicado na Gazeta Médica da Bahia vol XXVII, 1895/1896.
José de Alcântara Machado de OLIVEIRA
1875-1941. Foi jurista, professor da Faculdade de Direito de São Paulo e político. Vereador da Câmara Municipal de São Paulo (1911-1916), Deputado Estadual (1915-1924), Senador Estadual (1924-1930) e Senador da República (1935-1937). A pedido do Governo Federal, e inspirado no Código Penal italiano, redigiu o projeto do Código Penal brasileiro de 1939. Esse projeto teve duas versões e foi submetido a uma comissão revisora que modificou consideravelmente o projeto original de Alcântara Machado. A influência italiana foi diminuída e conceitos contidos no Código Penal Suíço, foram introduzidos. Terminados os trabalhos de revisão, o Projeto transformou-se no Código Penal vigente.
José MALHADO FILHO Foi presidente da Sociedade de Farmácia e Química, e professor da Faculdade de Farmácia e Odontologia da universidade de São Paulo – SP. Em 16 de agosto de 1948 proferiu palestra na Sociedade de Farmácia e Química de São Paulo, que mais tarde (1950) foi publicada  sob o título Remédios que foram famosos: epilepsia.
José Oliveira PEREIRA DE ALBUQUERQUE (1904 - (?))  Higienista polêmico, considerava que o grande problema nacional era a “higiene sexual”
José RIBEIRO DO COUTO JÚNIOR Defendeu a tese Estudo Médico-Legal da Epilepsia em 1892 na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Filho legítimo de José Ribeiro do Couto e Dª  Carlota Amélia do Couto.
Juliano MOREIRA

(1873-1933) Nascido na Bahia, é também designado fundador da disciplina psiquiátrica no Brasil era mulato, de família pobre, precocemente ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, graduando-se aos 18 anos (1891). Já em 1896, era professor substituto da seção de doenças nervosas e mentais da mesma escola. De 1895 a 1902, freqüentou cursos sobre doenças mentais e visitou muitos asilos na Europa Dirigiu o Hospício Nacional de Alienados de 1903 a 1930 e, embora não fosse professor da Faculdade de Medicina do Rio, colaborou na formação de muitos de seus alunos Ao seu redor reuniram-se médicos que viriam a ser organizadores de diversas especialidades: neuropsiquiatria, medicina legal, pediatria e clínica médica, tais como Afrânio Peixoto, Antonio Austregésilo, Francisco Franco da Rocha, Henrique Roxo, Fernandes Figueira e Miguel Pereira, entre outros. Sua correspondência com Emil Kraepelin mostra ainda outra faceta sua, o interesse pela psiquiatria comparada. Também opinou sobre a questão da degeneração do povo brasileiro: porém, ele recusou-se a atribuir à mestiçagem a sua causa, especialmente no que se referia a uma suposta contribuição negativa dos negros na miscigenação. A posição de J. Moreira era minoritária entre os médicos, nas primeiras décadas do século XX, quando polemizou sobre o assunto com Nina Rodrigues (MOREIRA, 1908, 1922). Outra posição sua, divergente da de muitos alienistas, era a negação de que existissem doenças mentais próprias dos climas tropicais (MOREIRA & PEIXOTO, 1906). .  Publicou em 1905 um artigo intitulado Assistência aos Epilépticos - Colônia para Eles no periódico "Arquivos Brasileiros de Psiquiatria, Neurologia e Ciências Afins", ano I, n° 2. no Rio de Janeiro. Onde reivindica aos poderes públicos a criação de colônias para epiléticos.
Júlio Afrânio PEIXOTO

(1876 – 1947) Médico legista, e intelectual atuante em diversas áreas. Nasceu em Lençóis, nas Lavras Diamantinas, BA, em 14 de dezembro de 1876.  Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, sua tese inaugural, Epilepsia e crime (1898) despertou grande interesse nos meios científicos do país e do exterior.  Foi político, professor, crítico, ensaísta, romancista, historiador literário Em 1902, a chamado de Juliano Moreira, mudou-se para o Rio, onde foi inspetor de Saúde Pública (1902) e Diretor do Hospital Nacional de Alienados (1904). Após concurso, foi nomeado professor de Medicina Legal da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1907) e assumiu os cargos de professor extraordinário da Faculdade de Medicina (1911); diretor da Escola Normal do Rio de Janeiro (1915); diretor da Instrução Pública do Distrito Federal (1916); deputado federal pela Bahia (1924-1930); professor de História da Educação do Instituto de Educação do Rio de Janeiro (1932). No magistério, chegou a reitor da Universidade do Distrito Federal, em 1935. Foi membro de uma Comissão Especial responsável pela renovação dos métodos de identificação criminal nomeada por Getúlio Vargas. Quando da morte de Euclides da Cunha, (1909), foi Afrânio Peixoto quem examinou o corpo do escritor assassinado e assinou o laudo respectivo. Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia das Ciências de Lisboa; da Academia Nacional de Medicina Legal, do Instituto de Medicina de Madri e de outras instituições.  Eleito em 7 de maio de 1910 para a Cadeira n. 7, na sucessão de Euclides da Cunha, foi recebido em 14 de agosto de 1911, pelo acadêmico Araripe Júnior. Faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de janeiro de 1947.

Júlio de MATTOS Publicou em 1903 o livro Os Alienados nos tribunais onde usando o princípio da inimputabilidade do crime em indivíduos com epilepsia, atesta a inocência de um homem que havia cometido um delito (furto) e que estava sob sua observação.
Leonídio RIBEIRO

(1893-1976) Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1916.  Discípulo e seguidor de Afrânio Coutinho.  Foi médico legista da Polícia Civil do Distrito Federal em 1917, membro da Missão Médica que o Brasil enviou à Europa na 1ª Grande Guerra, membro do corpo docente da Faculdade Fluminense de Medicina  em 1920, ocupando a cátedra de medicina legal (tese sobre a perícia da dor, publicada com prefácio de Afrânio Coutinho), introdutor da anestesia pelo protóxido de azoto no Brasil.  Depois da revolução de 30, aceita o convite do chefe dce polícia do RJ, Batista Luzardo e passa a dirigir o serviço de identificação da Polícia até 1946.  Ganha o prêmio Lombroso de 1933, da Real Academia de Medicina da Itália, com estudos sobre impressões digitais, causas endócrinas do homossexualismo masculino e biotipologia dos negros criminosos.  Em 1933 torna-se professor de Medicina Legal da Faculdade de Direito do RJ, com a tese “O direito de curar”.  Chefiou a Delegação do Brasil ao 10 Congresso Latino-Americano (Buenos Aires, 1938).  Publica, na Itália, em 1939 Omossessualitá e endocrinologia (Roma:  Livraria Cittá Del Castello, 1939 e Milão: Fratelli Bocca, 1940).  É autor de uma biografia de seu mestre, Afrânio Peixoto (1950).  Construtor, diretor e idealizador do Hospital Sul América, da Instituição Larragoiti.
Luiz José de ALVARENGA Natural de Minas Gerais. Filho do Dr. Francisco de Paula e de D. Ignácia Francisca de Alvarenga. Faz questão de explicitar na folha de rosto de sua tese o fato de ser sobrinho do Ex.mo. Conselheiro de Estado e Senador do Império Marquez de Sapucaí e primo do cirurgião-mor Francisco Baptista de Alvarenga. Apresentou a tese Epilepsia à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1874.
Manuel de Marsillac MOTTA Natural do Sergipe e filho legítimo do farmacêutico Pedro Amâncio de Almeida Motta e de D. Maria Emília de Marsillac Motta. Apresentou a tese Das descargas motoras na epilepsia essencial; suas vantagens e danos à Faculdade de Medicina e Farmácia do Rio de Janeiro  em 30 de setembro de 1900. Com ela obteve o grau de Doutor em ciências médicas e cirúrgicas.

Miguel COUTO DOS SANTOS JÚNIOR

Natural do Rio de Janeiro. Filho legítimo do Comendador Miguel Couto dos Santos e da D. Maria Christina de Alcantra Santos. Defendeu a tese intitulada HYSTERIA , na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 14 de dezembro de 1878.
Miguel de Oliveira COUTO

(1865 – 1934) Ingressa aos 14 anos na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde foi discípulo de Torres Homem e Francisco de Castro, 2 grandes clínicos. Defende a criação de instituições de pesquisa experimental em medicina. Foi presidente da Academia Nacional de Medicina.

Nelson Hungria HOFFBAUER

 

Nasceu a 16 de maio de 1891, no Município de Além Paraíba, Estado de Minas Gerais. Era filho de Alberto Teixeira de Carvalho Hungria e de D. Anna Paula Domingues Hungria. Fez o curso primário no Colégio Cassão, em Belo Horizonte, o secundário no mesmo estabelecimento, no Colégio Azevedo, em Sabará, e no Ginásio Nogueira da Gama, em Jacareí, Estado de São Paulo. Realizou o curso de Direito da Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. Iniciou a vida pública como Promotor Público em Pomba, Estado de Minas Gerais; foi Redator de Debates na Câmara dos Deputados de Minas Gerais e Delegado de Polícia no antigo Distrito Federal.  Ingressou na Magistratura como Juiz da 8º Pretoria Criminal do antigo Distrito Federal, nomeado por decreto de 12 de novembro de 1924. Serviu posteriormente como Juiz de Órfãos e da Vara dos Feitos da Fazenda Pública. Ascendendo ao cargo de Desembargador, em 1944, exerceu as funções de Corregedor.  Nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, por decreto de 29 de maio de 1951, pelo Presidente Getúlio Vargas, para a vaga decorrente da aposentadoria do Ministro Annibal Freire da Fonseca, tomou posse em 4 de junho do mesmo ano.  Integrou, como membro substituto (25 de julho de 1955) e efetivo (23 de janeiro de 1957), o Tribunal Superior Eleitoral, tendo ocupado a presidência do órgão, no período de 9 de setembro de 1959 a 22 de janeiro de 1961.  Mediante concurso, obteve a livre docência da cadeira de Direito Penal da Faculdade Nacional de Direito. Participou da elaboração do Código Penal, do Código de Processo Penal, da Lei das Contravenções Penais e da Lei de Economia Popular.  Escreveu inúmeras obras sobre direito penal, destacando-se: Fraude Penal e Legítima Defesa Putativa — teses destinadas à conquista da cátedra universitária — Estudos sobre a Parte Especial do Código Penal de 1890; Crimes contra a Economia Popular; Questões Jurídico-Penais; Novas Questões Jurídico-Penais; Comentários ao Código Penal (8 volumes) e ainda Cultura, Religião e Direito; O Sermão da Montanha e A Obrigação Absoluta no Direito Cambiário.  Participou ativamente de congressos nacionais e internacionais, dentre os últimos, o 2º Congresso Latino-Americano (Santiago — Chile, 1947); 3º Congresso Latino-Americano de Criminologia (1949) e Jornadas Penales (Buenos Aires — Argentina, 1960).  Foi agraciado com a Medalha Rui Barbosa, Medalha do Rio Branco, Medalha do Sesquicentenário do Superior Tribunal Militar, Medalha Teixeira de Freitas, Comenda do Mérito do Ministério Público e o prêmio Teixeira de Freitas, outorgado em 1958, pelo Instituto dos Advogados Brasileiros, pela obra Comentários ao Código Penal.  Faleceu em 26 de março de 1969, na cidade do Rio de Janeiro, sendo homenageado pelo Supremo Tribunal Federal em sessão da mesma data, falando pela Corte o Ministro Luiz Gallotti; pela Procuradoria-Geral da República, o Dr. Décio Miranda e, pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Distrito Federal, o Dr. Antonio Carlos Osório.  Era casado com D. Isabel Maria Machado Hungria Hoffbauer.  O centenário de nascimento foi comemorado, em sessão de 16 de maio de 1991, quando falou pela Corte o Ministro Sepúlveda Pertence, pelo Ministério Público Federal, o Dr. Affonso Henriques Prates Correia, Procurador-Geral da República em exercício, e pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, o Prof. René Ariel Dotti. 
Nicolao Joaquim MARIA Doutor em medicina, foi membro titular da Academia Imperial de Medicina, sócio da Imperial  Academia Amante da Instrução e membro do Conservatório Dramático. Publicou em 1862 um Dicionário de plantas medicinais brasileiras. No dicionário é possível encontrar os nomes das plantas catalogadas, seu gênero, espécie, família, o nome do botânico que as classificou; o lugar onde é mais comum encontrá-las, as virtudes que lhes são atribuídas, as doses e as formas de sua aplicação. Há nesse dicionário indicações sobre o uso do Curari.
Parmenio José RAMOS Natural da Bahia. Filho legítimo de Firmino José Ramos. Apresentou, em 1899, sua tese Ligeiras Reflexões sobre o Tratamento Cirúrgico da Epilepsia à Faculdade de Medicina da Bahia.
Pedro Ernesto BATISTA

Nasceu em Recife, em 1884. Iniciou seus estudos universitários na Bahia. Em 1908 apresentou tese a fim de obter grau de doutor em medicina sob o título Balneoterapia nas moléstias mentais  à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, instituição onde concluiu o curso de medicina. Depois de formado firmou residência no Rio de Janeiro ali alcançando grande destaque como cirurgião. Em 1922, participou das conspirações empreendidas contra o governo federal, fato que tornou a se repetir em 1924, ocasião em que chegou a ficar preso por alguns dias.. Nos anos seguintes, enquanto a Coluna Prestes percorria o interior do Brasil em campanha contra o governo de Artur Bernardes, Pedro Ernesto fazia da casa de saúde de sua propriedade no Rio de Janeiro refúgio e ponto de encontro dos revolucionários. Em 1930, participou da campanha de Getúlio Vargas à presidência da Republica. Em seguida, com a derrota eleitoral de Vargas, teve participação ativa na preparação do movimento político-militar que depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse de Júlio Prestes. Após a posse do novo governo, foi nomeado diretor da Assistência Hospitalar do Distrito Federal e tornou-se o médico particular de Vargas e de sua família.. No início de 1931, foi um dos incentivadores da fundação do Clube 3 de Outubro, organização que objetivava conferir maior coesão à atuação dos revolucionários históricos. Ocupou a princípio a vice-presidência e, a partir de junho, a presidência do Clube. Foi interventor, nomeado por Vargas em setembro de 1931, no Distrito Federal. Em novembro do mesmo ano presidiu o I Congresso Revolucionário, que reuniu no Rio de Janeiro delegados do Clube 3 de Outubro e de outras organizações alinhadas com o novo regime. Nesse congresso foi deliberada a criação do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que jamais conseguiu se consolidar de maneira efetiva. No início de 1933, Pedro Ernesto participou da fundação do Partido Autonomista do Distrito Federal, cujo principal ponto programático era a luta pela autonomia política da cidade do Rio de Janeiro, a capital da República. Sob sua liderança, o Partido Autonomista venceu as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, onde suas teses foram aprovadas. No ano seguinte, o partido obteria também uma ampla vitória nas eleições para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, elegendo a maior bancada daquela Casa. Os vereadores autonomistas elegeram, então, Pedro Ernesto prefeito do Rio de Janeiro, tornando-se o primeiro governante eleito da história da cidade, ainda que de forma indireta. Como interventor federal e, posteriormente como prefeito, marcou seu governo por uma atenção especial às áreas de saúde e educação, essa última dirigida pelo educador Anísio Teixeira. Em 1935, aproximou-se da Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização de caráter antifascista e anti-imperialista, que reunia comunistas, socialistas e "tenentes" de esquerda. Em julho daquele ano, protestou com veemência contra o fechamento da Aliança, decretada pelo governo e denunciou a articulação de um golpe pelas forças conservadoras. Em abril  de 1936, foi preso e afastado da prefeitura carioca. Permaneceu no cárcere por mais de um ano, e ao ser solto, em setembro de 1937, foi saudado por calorosas manifestações populares. Pronunciou, nessa ocasião, violento discurso contra o governo federal e declarou apoio à candidatura do governador paulista Armando de Sales Oliveira à presidência da República. As eleições presidenciais, marcadas para janeiro do ano seguinte, acabaram, porém, não se realizando em virtude do Golpe de Estado decretado por Vargas em novembro de 1937, instaurando a ditadura do Estado Novo. Antes disso porém, em outubro, Pedro Ernesto foi novamente preso e somente libertado três meses depois afastou-se então das atividades políticas. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1942. (Fonte: http://www.cpdoc.fgv.br/nav_historia/htm/biografias/
ev_bio_pedroernesto.htm)

Pedro Sanches de LEMOS Natural de São Gonçalo da Campanha (província de Minas Gerais), filho legitimo de Francisco Antonio Guimarães de Lemos e de D. Rita Sanches de Lemos. Doutor em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro Ex-interno do Hospital do Senhor Bom Jesus do Calvário. Sua tese de doutoramento intitulada Epilepsia apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 17 de Dezembro de 1872, foi aprovada com distinção. Na ocasião da sustentação de sua tese, contou com a ilustre presença do Imperador.
Pedro Quintiliano Barbosa da SILVA Natural de Minas Gerais, Doutor em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Apresentou sua tese de doutoramento intitulada Epilepsia à mesma Faculdade em 31 de agosto de 1877.
Raffaele GAROFALO

(1852-1934) Jurista italiano. Foi seguidor de Cesare Lombroso e, junto com Enrico Ferri, colaborou para a consolidação da chamada Escola Antropológica, que abordava o crime por uma vertente científica. Escreveu um manual intitulado Criminologia.

Raimundo NINA RODRIGUES

Nasceu no Estado do Maranhão, na cidade de Vargem Grande, a 4 de Dezembro de 1862, filho do Coronel Francisco Solano Rodrigues. Para ele, a inferioridade racial dos negros e indígenas, com relação ao branco, era indiscutível; assim sendo, a miscigenação entre raças em diferentes patamares evolutivos resultaria, fatalmente, em indivíduos desequilibrados, degenerados, híbridos do ponto de vista físico, intelectual e nas suas manifestações comportamentais. A seu ver, um leve verniz de civilização poderia recobrir as populações mestiças, como os sertanejos, mas certas condições sociais fariam eclodir o lado bárbaro e selvagem destes, mal refreado por regras que não eram as suas, incompatíveis com o seu suposto nível mental. Foi Para a Bahia  em 1882, a seguir o curso médico, até o quinto ano, que terminou com aprovações distintas e publicação de seu primeiro trabalho escrito - A Morféia em Anajatuba, 1886. Transferiu-se então para o Rio de Janeiro e, onde se doutorou no ano imediato, sustentando tese sobre as Amiotrofia de origem periférica. Isso foi em 10 de Fevereiro de 1888. Tornando ao norte, deteve-se na Bahia e em concurso para a secção médica, conquistou o lugar de Adjunto.  Em 1891 foi transferido para a seção de medicina pública, logo depois nomeado catedrático na vaga do conselheiro, redigiu por muito tempo a  ilustre Gazeta Médica da Bahia, fundou e manteve a Revista Médico-Legal, colaborou assiduamente no Brazil-Médico, na Revista Médica de São Paulo; nos Archivos de Criminologia, de Ingenieros, em Buenos Aires, nos Annales d Publique et de Médicine Legale, de Brouardel; nos Annales médico-psychologiques de Ritti, em Paris; nos annales d´anthropologie criminelle, de Lacassagne, em Lyon; no Archivio de Psychiatria e Antropologia Criminale, de Lombroso, em Turim. Além destes, a Revista Brasileira, O Jornal do Comércio, ilustraram suas colunas com artigos dele. Era sócio efetivo e vice-presidente, no Brasil, da Médico-Legal Society, de New-York, membro honorário da Academia Nacional de Medicina, do Rio de Janeiro, membro estrangeiro da Societé Médico Psychologique , de Paris . Morte inesperadamente em Paris a 17 de julho de 1906. Sua escola propagou-se no Rio de Janeiro, onde A. Peixoto reformou, em 1907, o Serviço Médico-Legal do Distrito Federal, deu imitação ao dos Estados. – A. Peixoto Com Diógenes Sampaio, Leitão da cunha, Nascimento Silva o Curso de aperfeiçoamento médico-legal em 1917, na Faculdade de Medicina, tal qual o Kreisartz alemão, revivido em 1932, agora com Fernando Magalhães, Leonídio Ribeiro, Heitor Carrilho, Miguel Sales, Antenor Costa e os fiéis Leitão da Cunha e Afrânio Peixoto. Este ainda, na sua cadeira de Medicina Legal da Faculdade de Direito reclama, aí, a propagação da Escola de Nina Rodrigues.
Renato KEHL
(1889-1974) Paulista de Limeira , Renato Kehl formou-se, no ano de 1909, em farmacêutica e, seis anos depois, em Medicina, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Trabalhou não só na Bayer do Brasil, onde ocupou o cargo de diretor (1927-1944), assim como em Instituições Médicas  Públicas .

Foi o principal organizador  e disseminador do movimento  eugênico  no Brasil, disseminando-o através de vários livros como A cura da fealdade (1923), Lições de Eugenia (1929), Sexo e Civilização (1933), Por que sou eugenista? (1937), Typos vulgares (1946), Alfabeto da Saúde, Educação Moral, todos publicados pela Francisco Alves.

Foi  um dos fundadores da Sociedade Eugênica de São Paulo e  editor dos periódicos  Boletim da Eugenia (1929-1931), e também das revistas,  Revista terapêutica, Vida Rural e O Farmacêutico Brasileiro,todas  editadas pela Casa Bayer  ao longo dos anos 1920 e 1940. Publicava, ainda, em vários jornais , como no Jornal do Comércio, na Gazeta de Notícias , e na  Ordem.

Roberto LYRA FILHO

 

Nasceu no Rio de Janeiro, a 13 de outubro de 1926.  Fundou em 1931 a Sociedade Brasileira de Criminologia – declarada de utilidade pública pelo decreto federal n.º 1.867 de 9 de agosto de 1937 -  e escolheu como patrono Euclydes da Cunha. Obteve o título de proficiência em língua e literatura inglesa pela Universidade de Cambridge em 1942 . Sociólogo com registro profissional no M.T. (1981) pelos títulos e experiência docente e de pesquisa em Sociologia Jurídica. Após a formatura em Direito, seguiu curso de especialização em Criminologia, também pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, nos anos de 1950 – 1951. Recebeu o Prêmio Rebrac da Revista Brasileira de Criminologia, destinado ao melhor aluno de Direito e Processo Penais naquele período.     Entre 1950 e 1960, o Prof. Lyra Filho advoga no Rio de Janeiro, onde exerce também a função de conselheiro penitenciário.     Em 1950, juntamente com a militância forense, iniciou a carreira docente. Regeu cátedra de Direito Penal (catedrático substituto) na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, e mais tarde assumiu como interino e com aprovação do Conselho Federal de Educação a cátedra de Direito Processual Penal na Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas. Em 1962, transferiu-se para a nova Capital, abandonando a advocacia e dedicando-se totalmente ao ensino científico na Universidade de Brasília (de 1963 até 1985) – primeiro como professor associado e posteriormente como professor titular.     Cargo que exerceu até 1984, quando se aposentou e se transferiu para São Paulo.
Silvio ROMERO
Entre os anos de 1900 e 1902 foi Deputado Federal pelo partido republicano. Trabalhou como Relator Geral na comissão encarregada de rever o Código Civil na função.
Theodoro J. H. LANGGAARD Doutor em Medicina pela Universidade de Copenhague e de Klel, aprovado com distinção pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Comendador da Ordem de Cristo, Cavalheiro da Ordem da Rosa e da Real Ordem dinamarquesa, foi condecorado com medalha de honra de Dinamarca. Publicou em 1873 um Dicionário de Medicina doméstica e popular com extensas considerações sobre a epilepsia.
Thomaz Pimentel d’ UCHÔA Natural de Minas Gerais. Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Sua tese de doutoramento apresentada à mesma Faculdade em 1873 é uma das muitas defendidas nesse ano que tem por título Epilepsia.

 

 

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Uma História Social da Epilepsia
no Pensamento Médico Brasileiro

História - PUC-Rio